terça-feira, 25 de outubro de 2011

Na Letra, o Espírito


Quanto ao fato de nos criticarem por apegar-nos demais à letra que mata, nisto mostram que não poderão escapar do castigo de Deus por desprezarem a Escritura. Porquanto claro está que nesta passagem Paulo combate os falsos mestres que, exaltando exageradamente a Lei desvinculada de Cristo, faziam o povo afastar-se da graça do Novo Testamento, ao qual o Senhor tinha feito esta promessa: “Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei”. Vê-se, pois, que a Lei de Deus é letra morta e mata os que a seguem, quando está desvinculada da graça de Cristo e somente soa nos ouvidos, mas não toca o coração. Mas se o Espírito a imprime de fato na sede da vontade, e se Ele nos comunica Jesus Cristo, a Escritura é de fato a Palavra da vida, converte as almas e “dá sabedoria aos símplices”
O certo é que, na mesma passagem, o apóstolo denomina a sua pregação “ministério do Espírito”. O que ele quer dizer é que o Espírito de Deus está de tal maneira unido e ligado à Sua verdade, por Ele expressa nas Escrituras, que, quando estas são tratadas com a reverência que merecem, Ele por elas manifesta o Seu poder. Isso não contradiz o que acima foi dito – que a Palavra só é certa e segura quando comprovada pelo testemunho do Espírito. Isso porque o Senhor juntou, como por um elo mútuo, a certeza do Espírito e a de Sua Palavra, para que a recebamos com espírito de obediência, ao vermos reluzir nela o Espírito, que se mostra com tal claridade que até nos leva a contemplar a face de Deus! E, por outro lado, para que também, sem medo de  engano ou erro, recebamos o Espírito de Deus, reconhecendo-o em Sua imagem, isto é, em Sua Palavra.
E certamente assim é!
Claro, porque Deus não comunicou uma palavra aos homens para tirá-la de circulação imediatamente após a vinda do Seu Espírito. Ao contrário, Ele enviou o Seu Espírito por cujo poder já nos tinha concedido a Sua Palavra para realizar a Sua obra, confirmando assim a eficácia da Palavra.

29º Tese de Lutero - E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.

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