quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Glória de Deus e a Esperança da Glória


Ora, este conhecimento não somente deve levar-nos a glorificar a Deus e a servi-lo, mas também deve despertar e fomentar em nós a esperança da vida futura. Quando nos apercebemos de que os ensinamentos do nosso Senhor, tanto sobre a Sua clemência como sobre a Sua verdade, não são exaustivos, devemos reconhecer que são apenas figuras ou amostras da realidade que ainda será plenamente revelada, no dia estabelecido por Deus para esse glorioso fato.
Por outro lado, quando vemos os bons e os inocentes carregados de aflições, atormentados por injúrias, oprimidos por calúnias, maltratados por ultrajes e humilhações, e, ao contrário, vemos os maus florescerem e prosperarem, gozando tranqüilidade e honras humanas, sem nenhum pesar, só podemos pensar na existência de uma outra vida, na qual a iniqüidade tenha seu justo castigo e o explorador seja entregue à justiça. Além disso, quando vemos como tantas vezes os fiéis são castigados pela vara do Senhor, devemos ter toda a certeza de que muito menos os ímpios escaparão do castigo divino.
Cabe-nos confessar, pois, que em cada obra de Deus em particular, e principalmente no conjunto de todas elas, as operações do Seu poder estão representados como que em telas de pintor, pelas quais toda a humanidade é convidada a tomar posse deste conhecimento e, por ele, para o gozo da suprema felicidade. E por mais claramente se manifestem as operações do  poder de Deus, muitas vezes só chegamos a entender para onde elas tendem, qual a sua importância e a que fim se destinam; até que, descendo para dentro de nós mesmos,  consideramos as maneiras pelas quais Deus manifesta em nós a Sua vida, a Sua sabedoria e o Seu poder, e exerce em nosso favor a Sua justiça, a Sua bondade e a Sua clemência.

15º Tese de Lutero - Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

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