segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Autoridade da Escritura não se Subordina ao Interesse da Igreja


Muitos são os que se deixaram levar pelo erro por demais pernicioso de afirmar que a importância da Escritura só é real na medida e na proporção a ela atribuídas pela igreja, como se a verdade eterna e inviolável de Deus estivesse estribada no bel-prazer dos homens! Pois, numa afronta vergonhosa ao Espírito Santo, eles levantam esta questão: “Quem poderá dar-nos a certeza de que a Escritura procede de Deus? Quem nos poderá garantir que ela foi preservada em sua inteireza até o nosso tempo? Quem nos vai persuadir de que um livro deve ser aceito e obedecido, enquanto outro deve ser rejeitado? Não é à igreja que cabe impor regras a todas estas coisas?” Daí concluem eles que é a igreja que determina o grau de reverência que se deve ter pela Escritura e quais são os livros que devem ser considerados canônicos.
Desta maneira, estes homens blasfemos, pretendendo estabelecer uma tirania sem freios e sem limites com aparência de igreja, não se importam com os absurdos em que eles e os outros se envolvem, desde que consigam que as pessoas simples reconheçam que a igreja pode fazer tudo o que quiser.
Mas, nesse caso, que seria das pobres consciências que procuram ter firme segurança da vida eterna, se todas as promessas acerca da vida eterna estivessem apoiadas somente no julgamento dos homens? Recebendo essa informação, como poderiam tranqüilizar-se? Por outro lado, como isso provocaria a zombaria dos ímpios e o descrédito geral da fé cristã – a opinião de que a sua autoridade tem por fundamento a bondade e a boa vontade dos homens!

20º Tese de Lutero - Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário